Márcia Motta
Márcia Motta | |
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Nascimento | 25 de março de 1961 São Gonçalo |
Cidadania | Brasil |
Alma mater | |
Ocupação | professora, escritora, historiadora |
Empregador(a) | Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Fluminense, Universidade Federal Fluminense |
Márcia Maria Menendes Motta (São Gonçalo, 25 de março de 1961) é uma professora e historiadora brasileira.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Márcia Maria Menendes Motta é graduada em História pela Universidade Federal Fluminense, tendo realizado o seu mestrado na mesma instituição. Recebeu o doutoramento em História Social do Trabalho em 1996 na Universidade Estadual de Campinas. No ano de 2003, realizou estágio pós-doutoral na Universidade de Lisboa e em 2009 fez outro estágio pós-doutoral, desta vez na Universidade de São Paulo. Desde o ano de 1992 é professora da Universidade Federal Fluminense, no Departamento e no Programa de Pós-Graduação em História, e professora titular desde 2015.[1][2]
Sua trajetória é marcada por estudos envolvendo os seguintes temas: conflitos de terra, apropriação territorial, direito agrário e movimentos rurais. É autora de inúmeros artigos em revistas nacionais e estrangeiras sobre a questão agrária. Entre as suas publicações destacam-se o livro Nas Fronteiras do Poder, publicado em 1998 e com segunda edição em 2008, inaugurando a coleção Terra da EDUFF/UNICENTRO. Publicou ainda O Dicionário da Terra, ganhador do segundo lugar no Prêmio Jabuti em Ciências Humanas de 2005. Em 2009, publicou o livro: O Direito à Terra no Brasil. A gestação do conflito (1795-1824), pela editora Alameda. Em 2014, investigou a historiografia sobre a história rural no Brasil, gerando o livro O Rural à la gauche, pela EDUFF.[1][2]
Além de pesquisadora 1D do CNPq é também cientista do Nosso Estado, pela FAPERJ. Coordena, também com o apoio da FAPERJ, do CNPq e da CAPES, o Proprietas, que reúne núcleos de pesquisas e pesquisadores nacionais e internacionais, sobre o acesso à propriedade e a defesa do bem comum. Em 2016, a Proprietas tornou-se um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia, com o projeto internacional História Social das Propriedades e Direitos de Acesso.[2]
Foi coordenadora brasileira do projeto FCT/CAPES Terras Lusas, Territorialidade e Conflito no Império Português do setecentos, no biênio 2010-2012, e pesquisadora do projeto internacional Lands Over Seas. Property Rights in the Early-Modern Portuguese Empire, coordenadora do WG3, grupo de trabalho do Brasil, e membro do Comitê de Direção, sob a coordenação global do Investigador Responsável do Projeto, Prof. José Vicente Serrão.[3][4]
Motta foi eleita presidenta da Associação Nacional de História (ANPUH) em 2019, com mandato para o biênio 2019-2021.[2] Enquanto presidenta da ANPUH, Motta tem representado historiadores e professores de história diante da opinião pública. Em 2019, participou de Audiência Pública realizada pela Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, em 2019, sobre "A criminalização da apologia à ditadura militar".[5] Em abril de 2020, apresentou declarações após o veto da regulamentação da profissão de historiador pelo então presidente Jair Bolsonaro.[6] Em maio de 2020, assinou uma nota de protesto contra "o desmonte do Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho e do Museu Histórico de Campos dos Goytacazes".[7] Também repudiou as declarações do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, ao desqualificar a luta contra o racismo e Zumbi dos Palmares.[8]
Referências
- ↑ a b «Marcia Maria Menendes Motta». Pesquisadores UFF. Consultado em 19 de julho de 2020 [ligação inativa]
- ↑ a b c d «Marcia Maria Menendes Motta». Revista Espacialidades. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Márcia Motta». Land Over Seas. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Organização da equipa». Land Over Seas. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Audiência Pública - A criminalização da apologia à ditadura militar (16/10)». Câmara dos Deputados. 15 de outubro de 2019. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Veto à história». Folha de S. Paulo. 29 de abril de 2020. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Fechamento do Arquivo Público e Museu Histórico leva a reações». Folha Cultura & Lazer. 16 de maio de 2020. Consultado em 19 de julho de 2020
- ↑ «Sob Bolsonaro, reconhecimento de quilombolas cai ao menor patamar da história». UOL Notícias. 23 de junho de 2020. Consultado em 19 de julho de 2020